quinta-feira, 28 de outubro de 2010

INTRUSO - Marina Luna -


"Você é mesmo muito mal educado, abriu as portas do meu coração e nem perguntou nada, foi logo entrando. Você não teve medo e muito menos vergonha, chegou entrou, sentou, tomou um cafezinho e disse: que foi? porque tá me olhando assim?
Você não tem um pingo de educação mesmo. Você não perguntou nada, não enrolou, não ficou preocupado, você sempre foi assim: Chega, faz e pronto, vai embora. E depois vem com aqueles sorrisos inocentes que me fazem desmoronar e começa tudo de novo. Por isso que eu te detesto. Logo eu, que sempre quiz as coisas no lugar, aí você vem bagunça tudo, parece que essa é sua mania. Logo eu, que sempre gostei dos homens educados, logo eu que sempre quiz tudo no lugar certo e na hora certa, com você não tenho horários, não tem lugar certo e muito menos palavras certas, você não pensa, você faz; parece até que eu sou a razão e você a emoção, ou talvez seja o contrário. Quer saber, não sei nada de você, não só porque você não diz mas porque quando estou com você eu nunca quero saber mesmo. Parece um louco e ver sua loucura me deixa louca também, como uma doença contagiosa. Tocou, passou e pronto, fico doente também até não estarmos mais juntos, aí minha sanidade volta e meu mundo volta a girar também. Como você consegue? Como consegue sorrir e trazer o céu pra mim? como consegue que eu te ame mesmo sendo tudo que eu mais odeio? como consegue pegar uma estrela como se estivesse pegando uma bola? como consegue bricar como uma criança e sorrir feito um adulto? Como você consegue manipular cada sentimento meu e principalmente fazer eu te querer cada vez mais? Como você consegue fazer tudo tão perfeitamente bem sem nem pensar no que está fazendo? Vou admitir uma coisa, de tanto entrar sem pedir, fazer sem consultar, abrir o que estava fechado vou acabar ficando louca, como você. E eu detesto a possibilidade de ser como você, de agir como você, tão eternamente mal educado. Mas quer saber? você quem me fez assim, você me transformou. Tão patético dizer isso, mas eu já mudei, já peguei a tal doença e ela não vai mais sair quando você se afastar. O que vou fazer? me odiar também?Você é ridiculo e muito patético. Nunca mais faça isso com mais ninguém está ouvindo? Nunca mais entre sem permissão na casa de ninguém. Deixe de ser mal educado e espere ser convidado. Eu sou mesmo uma tola, me deixei levar. Era para eu ter tirado você a pontapés, afinal, eu tenho direito. Ninguém mandou você entrar sem ser convidado mesmo. Meu coração agora depende das suas invasões, das suas chegadas inesperadas, dos seus sorrisos inocentes, dos seus olhares encantadores, dos seus desvaneios e principalmente dessa falta de educação que eu odeio, mas que amo tanto. Mas por favor, tente ser educado pelo menos na hora de sair, feche a porta para eu não sentir falta, não deixe buracos, não deixe o sofá e nem o café esperando, avise-os que não irá voltar nunca mais..."
Marina Luna

terça-feira, 26 de outubro de 2010

MEU PEDIDO -tatiana Moreira -


Que você olhe em meus olhos, quando falar.


Que ao falar, encontre as palavras para não me machucar.


Que saiba cuidar das feridas que possa causar.


Que escute os meus desabafos, e não os use contra mim.


Que ao me conhecer, você compreenda que sou humana.


Que os meus erros também possam ser perdoados.


Que você consiga respeitar as nossas diferenças.


Que possa perceber o quanto os meus silêncios... Falam.


Que entenda o quanto as minhas falas... Calam.


Que você sinta a sinceridade dos meus carinhos.


Que pressinta quando estou carente em busca de consolo.


Que você me mostre os caminhos que eu posso seguir.


Que tenha paciência para me tirar dos passos errados.


Que veja os meus defeitos, mas enxergue as minhas virtudes.


Que as suas atitudes sejam claras para que eu possa aprender.


Que seus exemplos sejam norte e as suas palavras guias.


Que prevaleça sempre em nós o amor e a poesia!

sábado, 23 de outubro de 2010

O MEU SENTIMENTO - Autoria Desconhecida -


Nunca senti a suavidade de
tua pele porém encontrei a
paz em tuas palavras.

Nunca vi as tuas mãos
trabalharem porém com
elas colocaste o meu coração
a bater mais forte.

Nunca vi teus movimentos
porém o suave dinamismo
que te move fez com que se
mova o meu caminho por ti.

Nunca estive ao teu lado
porém fizeste inseparável
em meu coração.

Nunca te vi em tua loucura
porém foi ela que me fez
conhecer tua parte de lucidez.

Nunca vi o quão longe vai o
teu olhar porém encontrei
em ti uma visão de esperança.

Mesmo sem nunca termos nos
reunido, ainda assim posso dizer
que nos encontramos dentro de
nós mesmos e que somos um em
nossos sentimentos.

Mesmo ainda não tendo te visto
assim posso te dizer que te
reconheceria.

Mesmo que nunca tenhamos
caminhado juntos, ainda assim
posso dizer que me fizeste
companhia.

Se a surdez e a cegueira me
acometessem, ainda assim
escutaria dentro de mim e
veria a luz que se encontra
dentro de ti.

Assim, tento provar que a
minha amizade pode passar
por inconcebíveis caminhos e
que, apesar da distância não
estamos separados.

Na imaterialidade deste
tesouro que é a amizade
posso afirmar a minha riqueza.

Não importa o que encontrei
no meu caminho mas tão
somente o que encontramos
juntos.

Essa é a força e o poder da
amizade, o sentimento mais
puro, que rompe todas as
barreiras para que estejamos
próximos apesar da distância.

Quando temos amigos podemos
expandir asas ao vento e desnudar
a alma sem correr riscos.


Minha homenagem aos amigos virtuais.

EU QUERIA SER - Autoria Desconhecida -



Vida,
para fazer nascer os
que estão morrendo.

Sol,
para fazer brilhar os
que não possuem luz.

Luz,
para iluminar os que
vivem na escuridão.

Chuva,
pra correr por toda a
terra e molhar os campos
secos e devastados.

Lágrima,
para fazer chorar os
corações insensíveis.

Voz,
para fazer falar os que
sempre se ocultaram.

Canto,
para alegrar os que
vivem na tristeza.

Luar,
para brilhar na noite
dos apaixonados.

Flor,
para enfeitar os jardins
no outono.

Silêncio,
para fazer calar as vozes
que atordoam o coração
do homem.

Sinos,
para repicar nos Natais
dos que possuem recordações
amargas.

Grito,
para mostrar a dor dos que
sofrem em silêncio.

Olhos,
para fazer enxergar os cegos
de verdade.

Força,
para fugir dos que a utilizam
para o mal.

Sorriso,
para encantar os lábios
amargurados.

Sonho,
para colorir a vidas
dos realistas.

Veículo,
pra trazer de volta os que
partiram deixando saudades.

Amanhecer,
para fazer um dia a mais de
felicidade sobre a terra.

Noite,
para descansar os que lutam
durante o dia.

Amor,
para unir as pessoas e lhes
dizer que sou apenas uma
delas.

VIOLÃO ABANDONADO- Fátima Irene Pinto -


Encostado no cantinho,
Jaz sozinho e empoeirado
O meu violão de pinho,
Grande amigo do passado.

Desafinado e esquecido,
Já não é mais meu parceiro.
Foi outrora tão querido,
Entre tantos seresteiros.

Hoje é tudo diferente.
Fui na onda do momento,
Optei pelo teclado.

Para ouvir um som plangente,
Programo o falso instrumento,
Deixando o pinho de lado.

E pra matar a poesia,
Mais duas quadras componho,
É que bateu nostalgia,
Do meu Del Vecchio tristonho.

Já não há voz quando canto,
Já não há vez pra seresta.
E talvez seja por isso.
Que eu me tornei poeta

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

IMAGINE - jonh Lennon- O poeta


Hoje minhas flores vão para Jonh Lennon que se estivesse vivo no último dia 8 de Outubro completaria 70 anos.
Ele se foi cedo demais mas suas idéias ficaram impressas em forma de poesias para sempre!


_Imagine_

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje
Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um diavocê se junte a nós
E o mundo, então, será como um só
Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo
Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo, então, será como um só

Jonh Lennon

NÃO SEI MUITO DA VIDA [Tatiana Moreira]


Não sei muito da vida...
Mas conheço o que sinto por você
É um intenso sentimento de bem querer
Que corre por todo o meu corpo
Fazendo pulsar forte o meu coração
Instalando na mente doces sensações
Aprendi que não sei muito da vida...
Mas conheci a grandeza do amor
Na capacidade de perdoar a dor
De seguir em frente confiante
Mesmo quando tudo parecia contra
Encorajando-me a aceitar o que não posso mudar
Realmente não sei muito da vida...
Mas estou certa de que a cada dia aprendo mais
Não limitando o meu ser ao que conheço
Olhando para o futuro com olhos de esperança
Acreditando estar cumprindo a missão
Se juntos estamos... Uma razão há de Ter!
Eu não sei muito da vida...
Mas, do que eu sei... Descobri que amo você!

A VIDA.......


Às vezes tudo se torna difícil e passamos a olhar somente um lado da história ou situação. Esquecemos de enxergar o próximo como alguém como nós, que também precisa de atenção, carinho e ser entendido. Esquecemos de enxergar a situação como algo que poderá muitas vezes nos fazer crescer emocionalmente.


Muitas vezes, nossa ânsia em viver intensamente os momentos nos faz morrer a cada minuto ao nos darmos conta de que estamos perdendo pessoas até então importantes em nosso caminho.


O mesmo ocorre quando por medo de ousarmos buscar a nossa felicidade, deixamos escapar por entre os dedos o que poderia ser o melhor para a nossa vida.


Assim vamos sobrevivendo... Passando por momentos que nos faz sentir a vida pulsando forte dentro do coração e outros que nos faz sentir a angústia apertando o peito. Momentos em que nos tornamos grandes diante até mesmo de nossos próprios olhos e noutros pequenos demais para sermos vistos.


Nessas vivências conhecemos o amor e ódio, saboreamos a riqueza das novas relações e o ruir de relações desgastadas pelo tempo. Construímos sonhos e destruímos castelos feitos com a areia da ilusão. Descobrimos sorrisos e também nos debatemos em lágrimas.


Por essas estradas que muitas vezes trilhamos, descobrimos amigos onde menos esperávamos e nos decepcionamos com alguns que jamais acreditávamos que pudessem nos ferir a alma.


Desta forma vamos descobrindo a árdua tarefa que é viver, nesta missão muitas vezes difícil que é fazer parte da vida do outro.




Tatiana Moreira



Leia mais: http://plantandoamor.blogspot.com/search?updated-max=2010-07-31T05%3A43%3A00-07%3A00&max-results=5#ixzz135lSGr3b
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O CASO TIRIRICA


O CASO TIRIRICA

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Capítulo IV - Dos direitos políticos / Artigo 14
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.



Por maior que seja a minha vontade – que é grande – de acreditar que eu vivo numa democracia, onde se respeita os direitos adquiridos e fundamentais da pessoa humana, deparo-me com fatos que me provocam uma desilusão sem limites; A última é o caso do –PALHAÇO – FRANCISCO EVERARDO OLIVEIRA DA SILVA – O TIRIRICA – que como é do conhecimento de todos, foi o candidato a DEPUTADO FEDERAL mais votado no Brasil, tendo alcançado a incrível soma de 1.503.400 votos [hum milhão quinhentos e três mil e quatrocentos votos].

Passado as eleições vem um engraçadinho de um Promotor de Justiça questionar a escolaridade do então candidato, com o propósito de lhe arrancar, compulsoriamente, o direito de ser diplomado e tomar posse.

Ora! Isso deveria ter ocorrido antes da eleição e não agora; O promotor autor do questionamento deve ser um daqueles que não possuem luz própria e quer valer-se da oportunidade para aparecer no noticiário televisivo dizendo que não pretende prejudicar ninguém, apenas defende o que determina a CARTA POLÍTICA.

Senhor promotor! Vossa senhoria deveria cuidar melhor dos meninos de rua altamente drogados e desamparados pelo estado que você representa. Voltar-se contra quem CARREGA UMA SACOLA COM MAIS DE HUM MILHÃO E TREZENTOS MIL VOTOS – não lhe fica bem, nada mais é do que um oportunismo barato.

Você senhor promotor precisa combater a prostituição infantil e a droga que corre solta Brasil afora isso é seu dever e não querer atrapalhar a vida de um cidadão que ao contrário de você não teve a oportunidade de sentar-se num banco escolar almofadado, o qual não conseguiu lhe retirar a inveja que lhe rasga o peito.
Os votos que o palhaço TIRIRICA carrega na capanga não é voto de protesto, como dizem por aí; mas é sim voto de agradecimento de um povo sofrido e sem esperança que ri com suas palhaçadas e brincadeiras.


Que vontade a sua promotor! de estar no lugar dele heim? e desfrutar das honrarias do cargo. Mas Saiba que isso não é para quem quer, mas para quem pode. O TIRIRICA É O PALHAÇO DA ALEGRIA E VOCÊ O PALHAÇO DO DESCASO COM SUAS OBRIGAÇÕES.


PENSE NISSO! VOCE AINDA É JOVEM! E HÁ TEMPO DE RECUPERAÇÃO!
DEPOIS FICA

PARA UMA CERTA MOÇA!


FOTO: Google imagens
ESCRITO por Juliana Costa de Lira


Se eu disser que lamento não vai ser o bastante. Pedir perdão parece que não adianta mais... Eu errei e já não há como consertar. Queria apenas dizer que sinto tua falta, que sinto saudades. Eu não menti quando disse a você que meu coração estava habitado, alguém entrou furtivamente feito água.



Mas não é sobre isso que quero falar. É sobre como você fez toda diferença, como fez tudo ficar mais suportável a tal ponto que já nem doía mais. Se eu não te amei como você merece, se eu não reconheci o tanto que você é importante, não é culpa sua. É porque eu sou idiota às vezes e também faço das minhas.

Hoje você não quer mais ouvir falar sobre mim e eu estou me mantendo distante. Acho justo que você se afaste do que não te faz bem e infelizmente eu te fiz mais mal que bem. Mas acredite em mim, moço, não foi por querer.

Eu queria ter feito com que todos os teus dias fossem “árvores-barco", que todos os dias fossem de cachoeira e sorvete de creme, dançaríamos na chuva e eu te ensinaria a voar... Perdoe a insistência e a minha preocupação contigo, se todo o resto for imperdoável... perdoe apenas o fato de que eu te adoro e me preocupo.

Sinto tua falta.



Mas já é tarde demais...

O SABER!


Um livro aberto é um cérebro que fala.

Fechado, um amigo que espera.

Esquecido, uma alma que perdoa.

Destruído, um coração que chora.

Voltaire


...quantas vezes em uma hora solitária
um livro nos diz tanto em conversas
silenciosas?

quanto de emoção, viagem, e encantamento,
há no intervalo das palavras entre o
autor é nós?

quão 'ricos' saímos depois deste enlace!


quantos livros você lê por ano?

pense...

JULIE E A BONECA


Eis como uma amiga me contou a
história passada com sua filha:

” Preocupada com sua demora em chegar
da escola, eu estava aborrecida
quando ela finalmente apareceu.

Com a voz zangada, pedi que
explicasse a razão do
seu atraso.

— Mamãe, eu estava vindo a pé com Julie,
quando no meio do caminho, ela deixou
cair a boneca que se partiu em mil
pedaços – ela disse.

— Ah, meu bem, você se atrasou porque foi
ajudar Julie a tentar colar os pedaços
da boneca – respondi.

Com sua vozinha inocente,
minha filha disse:

— Não, mamãe, eu não sabia como
consertar a boneca; só fiquei
lá para ajudar a Julie
a chorar.”

Dan Clark em
“Histórias para aquecer o coração”


...quantas vezes diante do sofrimento de um amigo,
não podemos fazer nada, não existem palavras que
o conforte, mas o simples ato da presença amiga
mesmo que em silêncio faz toda a diferença,
e vemos então que nunca estamos sós.

pensem...

ETERNA BUSCA!


Revejo as horas.

Os ponteiros do relógio
parecem ter adormecido
em um coma profundo.

Caminho perdida, entre as folhas
brancas dos meus pensamentos
que nem eu própria consigo
entender.

Sinto que falta-me algo,
mas não sei bem o quê.

É um nada em tantas linhas,
com o significado da
existência do não
existir.

O nada é ôco como uma casca
de noz, tênue como a asa
da borboleta.

A realidade passa ao meu
lado, e eu estremeço!

Vejo-a e quase a alcanço.

E no entanto, recuo, deixando
que a alma decida.

Só ela conhece os caminhos
secretos da minha vida!

Revejo as horas nesta breve passagem,
efêmera passagem num tempo
sem tempo

PÁSSARO DO SUL [de minas gerais]


Meu poema é saudade
Das coisas que não vivi.
Meus versos são o perfume
Que a mim, chegam de ti!
Oh! Quem me dera ter
A fragância do teu andar
E dos meus nus poemas
Fazer em odor o teu olhar.

Quem me dera... Oh!
Que doloroso esse penar
Ver-te como uma doce lua
Derramar na noite tanto luar!
Quem me dera!...
Oh! Quem me dera
Ser nuvem, céu azul
Rasto do teu passar
Ser um passáro do Sul
Em busca doutro lugar!
Mas, enfim!.. sonho
Paisagens, verde-ilha...
Corpo lindo de mulher
No balanço dos versos
Me visto redondilha
Num ritmo tristonho
De homem qualquer!

NÃO JULGUES!


Não julgue as pessoas pelas suas amizades.

Judas, por exemplo, tinha amigos
impecáveis.


...sempre ouvimos dizer:
"diga-me com quem andas e eu lhe direi quem és",
e a coisa não funciona bem assim nas manobras
de Deus que ama seus filhos incondicionalmente,
colocando luz em meio a escuridão.


pensem...

SOLIDÃO


Se tens medo da solidão,
não te cases.

Tchekhov

...nós e aterna ilusão de que podemos
nos completar no outro, e por isso
tanta solidão à dois!

pense...

VIVIAN - mulher guerreira - poetisa sem igual


Vivian...que dia da semana é hoje?

- Vivian...eu já tomei banho?

- Vivian...onde eu estou?

- Ai que delícia estava esta comida!
eu já almocei?

- Vivian...hoje é domingo ou quarta-feira?

- Vivian...o quê aconteceu comigo?

- Vivian...nós estamos na cidade
ou no litoral?

- Ah Vivian...
"eu não sei o que seria da minha vida
sem você, este anjo guardador que
com sua simples presença ilumina
minha alma e dissipa todos os
meu medos."


...para quem não sabe, este é
o dia a dia do meu marido
depois do AVC!

O QUE VOCE FARIA?


O que você faria,
Se eu te pedisse para ficar?
O que você faria,
Se eu te pedisse para me amar?
O que você faria?
Se eu te dissesse...
Fique comigo e não olhe para trás?
O que você faria?
Arriscaria tudo por mim?
Me amaria até o fim?
(Solbarreto)

Eu já lhe disse como é bom ser eu
Quando eu estou em você?
- Addicted - Enrique Iglesias -

Talvez eu esteja viciado

Estou fora do controle
Mas você é a droga
Que me mantêm vivo
- Addicted - Enrique Iglesias -

terça-feira, 19 de outubro de 2010

COM OLHOS DE VER!


A isto que eu chamo olhar o mundo
com olhos de ver!

...quão distraídos andamos pela vida,
sem nos dar conta das belezas tão
simples, e o melhor...gratuítas
em cada amanhecer!

você já olhou a natureza hoje?

já olhou para o alto das árvores que estão
todas preparando-se para explodir seus
brotos trazendo ao mundo o verde das
clorofilas e das esperanças, estas
que nos ajudam a viver?

...pense nisso

ou melhor...olhe para a natureza,
como um filho olha para a mãe,
e ela sorrirá pra você...

SEMEAR E COLHER


Semeia flores na tua estrada
e terás assim um caminho
em eterna primavera!

SEMINÁRIO PARA CASAIS


Durante um seminário para casais,

perguntaram à uma das esposas:


- 'Seu marido a faz feliz?
Ele a faz feliz de verdade?'


Neste momento, o marido levantou seu pescoço,
demonstrando total segurança.


Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela
jamais havia reclamado de algo durante
o casamento.


Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com
um sonoro 'NÃO', daqueles bem redondos!


- 'Não, o meu marido não me faz feliz'!


(Neste momento o marido já procurava
a porta de saída mais próxima).


- 'Meu marido nunca me fez feliz
e não me faz feliz!


Eu sou feliz'.


E continuou:


- 'O fato de eu ser feliz ou não, não
depende dele; e sim de mim.


Eu sou a única pessoa da qual depende
a minha felicidade.


Eu determino ser feliz em cada situação e
em cada momento da minha vida, pois
se a minha felicidade dependesse de
alguma pessoa, coisa ou circunstância
sobre a face da Terra, eu estaria com
sérios problemas.


Para garantirmos nossa felicidade, é fundamental
que sejamos o piloto de nossa própria aeronave.


Não deixe o comando da sua, nas mãos ou
sob a responsabilidade de outro alguém...


SER FELIZ é uma opção!



Pense...
Postado por Vivian às 00:54 29 comentários

AS MÃES NÃO DEVERIAM MORRER


amiga perdeu a mãe, de repente. A notícia me alcançou por e-mail, agora que a internet deixou o mundo pequeno. Estou longe, mas também aqui, neste lugar sem distância que é o mundo virtual. Mas com tempo veloz, em que uma hora pode ser um pretérito definitivo na disputa pela supremacia dos segundos. Como era antes, quando as notícias levavam meses para chegar e o mundo sobre o qual falavam já tinha inteiro se transmutado, quando as cartas eram sempre um retrato do passado? Agora tudo é agora. E os tempos se confundem de outro modo. Mas se confundem.

Senti tanto o desamparo da minha amiga,porque sei que as mães não deveriam morrer. Na mesma noite sonhei com meus mortos. Meu avô sentava-se com minha avó ao redor da mesa da cozinha como antes e como nunca, porque meu avô sabia que minha avó tinha morrido e eu sabia que meu avô tinha morrido uns 20 anos depois dela. E uma quarta pessoa, desconhecida de todos nós reunidos naquela cozinha, sabia que eu também já tinha morrido, numa outra época que ainda não chegou para mim. Mas comíamos bolinhos de chuva naquela mesa porque compreendíamos que, no curto espaço de existência, neste soluço entre o nascimento e a morte que pertence a cada um de nós, nem os sonhos devem ser desperdiçados. E ali, enquanto eu dormia num quarto de hotel, éramos uma impossibilidade lógica que conversava e que ria.

Quando perdemos alguém que amamos, a dor é tão extravagante que nos come vivos, como se fosse uma daquelas formigas africanas que vemos nos documentários da National Geographic. A dor está lá quando acordamos. Continua lá quando respiramos. Nos espreita do espelho diante do qual escovamos os dentes pela manhã com um braço que pesa uma tonelada. E, quando por um instante nos distraímos, crava seus dentes bem no coração. Neste longo momento depois da perda, sabemos mais dos buracos negros do que os astrônomos porque carregamos um dentro de nós. E arrancamos cada dia nosso do interior de sua boca ávida, com uma força que não temos, para que não nos sugue de dentro para dentro.

Devagar, bem devagar, muito mais devagar do que o mundo lá fora nos exige, o vazio vai virando uma outra coisa. Uma que nos permite viver. Descobrimos que nossos mortos nos habitam, fazem parte de nós, correm em nossas veias fundidos a hemácias e leucócitos. Que suas histórias estão misturadas com as nossas, que seus desejos se deixaram em nós. Que, de certo modo, somos muita gente, multidão. Como também nós seremos em muita gente, deixando, em cada um, ecos de diferentes decibéis e intensidades. Acolhemos então aquele que nos falta de uma forma que nunca mais nos deixará. Como saudade. E como saudade não poderá mais partir.

Somada, a vida humana é um rio barulhento de memórias no leito do tempo. Enquanto outras espécies sabem, sem que ninguém tenha ensinado, que precisam voar para o sul para não sucumbir no inverno ou que devem escalar dezenas de metros de uma árvore em busca da fêmea para se acasalar num momento preciso, nós perpetuamos lembranças. Não é uma intuição prática, no sentido ordinário do termo. Mas é tão vital quanto o acasalamento ou a fuga do inverno.

Quem não entende isso acha que, quando doamos as roupas e os objetos de quem amamos e se foi ou deixamos de chorar no cemitério, superamos a perda. Não acredito que exista superação no sentido do esquecimento. O que acontece é que compreendemos que aquela pessoa não estará mais no mundo externo, não pertence mais a ele. Mas também não é mais um vazio que grita como nos primeiros meses, às vezes anos. Ela agora mora no mundo de dentro, vive como memória nossa, em nós. E assim não está mais morta, mas viva de um outro jeito. É o que me ensina João, o homem que divide comigo a aventura arriscada de viver. De luto por sua própria mãe, percebo que a carrega nos olhos quando se maravilha com a novidade do mundo.

Ele me ensina que a vida dos mortos em nós não é possessão nem fantasma. Nem é morte. O mórbido é quando não conseguimos dar um lugar vivo para o morto. Então a memória fica pregada naquele momento de horror e a vida se torna impossível, porque a existência não é água parada, mas rio que corre. Acontece quando alguém, pelos mais variados motivos, não consegue fazer o luto e dar um lugar de saudade para a dor. Quando nos fixamos, num dogma ou numa falta, partes importantes de nós gangrenam. Mas quando os mortos se acomodam em nós como lembrança que muda segundo o viver de quem vive, tudo flui. Se há algo que a vida é em essência é movimento. E o luto é um movimento que reabre as portas para a vida ao romper com a rigidez da morte em nós. Por isso, para o luto não pode haver pressa, porque é grande e largo o gesto que temos de fazer acima e apesar do horror que nos atinge até mesmo em partes que nem sabíamos que existiam.

Quando perdeu a mãe, João compreendeu por completo a poesia que Carlos Drummond de Andrade escreveu para a poeta Ana Cristina Cesar, que se suicidou aos 31 anos atirando-se pela janela do 13° andar. Ela fala da diferença entre falta e ausência. “Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.” É isso. A ausência não é falta. Ou, dito de outro modo, a falta nos come vivos. A ausência, por paradoxal que pareça, nos preenche.

Há um filme de extraordinária beleza sobre a perda, a saudade e o lugar dos mortos em nós. Chama-se “Hanami – Cerejeiras em flor” (Doris Dörrie, 2008 – Alemanha/França). Passou nos cinemas, ainda resiste numa sala ou outra, mas já assisti ao filme na TV por assinatura. Se você encontrar este nome na programação, não deixe de ver. Feche as cortinas, proteja-se do barulho da rua, programe-se para algo especial. O filme conta a história de um homem que não gosta de sair da rotina em sua viagem mais longa e menos previsível. Ele parte em busca de sua mulher e só a encontra quando descobre que ela está dentro dele, nos gestos dele, no corpo e nos olhos que ele empresta a ela. É um filme sobre a morte que nos leva ao único lugar onde vale a pena chegar, à vida.

Quando sofremos uma grande perda ou somos abalroados por uma catástrofe pessoal de outro gênero, as pessoas dizem, para nos consolar e com as melhores intenções, que tudo passa. Acho que, na verdade, nada passa. A frase mais precisa seria que tudo muda. Também nós que aqui estamos como matéria um dia seremos apenas eco. Tanto pelas nossas células que alimentam e se agregam a outros seres vivos a partir da decomposição de nosso corpo como pelas histórias que transmitimos e permanecem além de nós. Aquela que fui ontem já mudou, a ruga que há um ano não existia agora é visível na pálpebra direita, minha percepção do mundo não é mais exatamente a mesma do mês passado, alterada por novas experiências que me alargaram. De certo modo, nascemos e morremos tantas vezes até o fim da vida. E é este o movimento que importa.

Queria dizer isso à amiga que perdeu a mãe de repente. Mas agora minha amiga ouve, mas não pode escutar. A dor a está comendo viva como as formigas africanas. Tudo é horror e absoluto. Mas com o tempo, um período só dela e que não pode ser determinado em parte alguma nem por ninguém, minha amiga vai começar a perceber que a mãe é uma ausência presente no formato das suas unhas, num certo jeito de mexer a cabeça quando fala, na tonalidade rara dos olhos. Está nas palavras e nas histórias que conversam dentro dela, na mitologia familiar que se perpetua, nos sons da memória. E então poderá reencontrar a mãe dentro dela. E levá-la para passear.

E, num dia que sempre chega, viverão as duas como história, como cacos de lembranças encaixados em diferentes rearranjos de vitrais, na vida dos que vieram depois. É pouco, talvez. É tudo o que temos.


(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

AO OUVIR SEU CORAÇÃO


Ao ouvir seu coração, preste atenção ao recado,
pode ser que você tenha deixado de lado,
atitudes que valorizam a sua própria vida,
empurrando o destino para outras mãos,
abrindo caminho para o sofrer.

O coração responde de maneira discreta,
diferente da razão que grita e ordena,
o coração permite nossas viagens,
a construção de sonhos e até de castelos na areia,
porque sabe que muitos precisam dessa chama dos sonhos,
mesmo que as ondas venham derrubar o castelo,
ainda assim, resta a imagem do que é a felicidade.

Todos que experimentam, mesmo que por apenas um dia,
o amor e a conquista de um sonho, jamais esquecem,
é como doce que comemos na infância, é suave lembrança,
é meta que vira objetivo, é caminho que forma o destino.

Por isso, ao ouvir seu coração, preste atenção,
ele pode querer dizer: ame com paixão,
viva com intensidade, respeite-se sempre,
mas, nunca deixe de sonhar e acreditar,
sempre é tempo de recomeçar,
e ser feliz...

**Paulo Gaefke