sexta-feira, 14 de setembro de 2012

CONHEÇA O QUE É FIDELIDADE

"O cachorro apareceu um dia, sem que ninguém o trouxesse, e começou a dar voltas por todos os cantos até que encontrou o túmulo de seu dono", disse à Agência Efe o diretor do cemitério, Héctor Baccega.
"Capitán", um vira-lata que lembra um pastor alemão, foi dado de presente por Miguel Guzmán em 2005 a seu filho Damián. Em março de 2006, Miguel faleceu e "Capitán" fugiu de casa, mas reapareceu pouco tempo depois e passou a morar nas ruas, perto da residência da família Guzmán por alguns dias.
Depois, sumiu definitivamente, e os parentes de Miguel pensaram que ele tinha morrido ou sido adotado por outra família, até que um dia o reencontraram no cemitério, em cima do túmulo de seu "dono escolhido".
"No domingo seguinte voltamos a visitar o túmulo, e o cachorro estava lá. Dessa vez, ele nos seguiu, na volta, porque tínhamos ido caminhando. Ficou um pouco conosco em casa, mas depois voltou ao cemitério", relatou Verónica, viúva de Miguel.
"Capitán" perambula pelo cemitério e às vezes retorna para a casa de seu dono durante o dia, mas ao entardecer procura o túmulo de Miguel para dormir.
"Ele é muito querido, no começo o chamávamos de 'rengo' ('coxo', em português), porque chegou com uma pata quebrada, mas juntamos dinheiro entre os funcionários do cemitério e conseguimos um veterinário", contou Baccega.
O diretor do cemitério disse que o animal ganhou o carinho de todos que trabalham no local, que o alimentam e mantêm em dia suas vacinas.
A história de "Capitán" lembra a de "Hachiko", o cão da raça Akita que ficou durante anos em uma estação de trem de uma cidade japonesa esperando o retorno de seu dono e inspirou um filme de Hollywood ("Sempre ao Seu Lado", com Richard Gere).

domingo, 2 de setembro de 2012

POEMA PARA TONIQUINHO -DÉBORA DUARTE

.. DÉBORA POR TONINHO ...

"Bem, eu vou apresentar a mulher que eu amo... é tão difícil e é tão fácil... Eu aprendi uma coisa bonita na vida: primeiro, que a beleza é um movimento. Quem me ensinou isso foi Débora Duarte, a mulher que amo muito e que é responsável pelo passo bom que eu possa dar. Olha que responsabilidade que eu estou dando pra baixinha!"

"Hoje eu sou um homem feliz, junto com a pessoa que quero, junto com a família que gosto, junto com aquilo que preciso. Então, ela está aqui do meu lado, as minhas duas metades, as minhas duas partes, Débora Duarte, atriz, poetisa, companheira, baixinha como sempre, e um verdadeiro sabor..."

Antônio Marcos apresenta Débora Duarte no "Especial Antônio Marcos", para a Rádio América de São Paulo, em 1982.






... TONINHO POR DÉBORA ...


"Era uma vez... um homem
Que tentava cativar...
Atravessava o dia desvairado,
Louco entre as obrigações.
À noite, não:
Ele voava pro quarto,
Se estendia no chão,
Falava com seu gato,
Respirava sonhos,
Aspirava pólens...
Um dia, quase virou flor!
No entanto, ele sempre acordava
Antes que se desse o fim do sono,
Sempre suado, suando, lendo, recitando...
E dava pra dizer, dizer, dizer...
Falava sobre a tempestade
E a sua testa era salgada!
Não se acalmava nunca
E só se acalmaria docemente
Quando seu coração fizesse amor de corpo inteiro.
Era um homem que amava lento
E olhava nos olhos.
Depois, pra voltar a dormir,
Antes de chegar o fim do sono,
Ele abria a porta, a janela
E o peito ao vento.
Nada, nunca pedia!
Sendo, tudo teria!
Finalmente dormiria,
Que depois do fim se acorda,
Que o fim do sono
É bom dia!"

Débora Duarte (Poema Para Toniquinho,