domingo, 21 de fevereiro de 2010

VOCABULÁRIO DA VIDA


Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser amigo que ainda não abraçamos.

Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.

Ciúme: É quando o coração fica apertado porque confia em si mesmo.Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que o tratamos.

Doutrinação: É quando a gente conserva o espírito colocando o coração em cada palavra.

Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama.

Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.

Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

Fé: É quando a gente diz que vai escalar um everest e o coração já o considera feito.

Filhos: É quando deus entrega a jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la.

Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.

Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.

Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.

Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.

Mediunidade de Jesus: É quando a gente serve de instrumento em uma comunidade mediúnica e a música tocada parece em noturno de chopin.

Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.

Netos: É quando deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

Obsessor: É quando o espírito adoece, manda embora e compaixão e convida a vingança para morar com ela.

Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.

Orgulho: é quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

Paz: É o prêmio de quem cumpre o dever.

Perdão: é uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.

Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.

Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.

Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

Reencarnação: É quando a gente volta para o corpo, esquecido do que faz, para se lembrar do que ainda não fez.

Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.

Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.

Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Supérfuo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.© Luiz Gonzaga Pinheiro

JÁ FUI


Eu sei que daqui a alguns anos, meu tempo será outro, mas sei também que terei transformado minhas derrotas e conquistas em aprendizado, e com isso, transformado esse “aprendizado” em sabedoria.


Por muitas vezes...Fui de encontro, e não abracei.

Pensei em falar, e não fui capaz em dizer.

Já tive idéias, e não tive coragem para concretizar.

Tentei ver, mas não foi o suficiente para enxergar.

me curvei diante de grandes amores.

Já roguei praga aos mal feitores.

Já tive lindos sonhos e fiz pouco caso.

Já tive sonhos de amor que, com o passar do tempo, tornaram-se terror.

Já fui anjo e demônio.

Já fui sol e lua.

Já fui amarga como fel e doce como mel.

Já fui sol na escuridão e cinza em dias de sol.

Já me perdi na emoção esquecendo toda minha razão.

Já fui razão apenas quando a emoção gritava por socorro.

Já fui tempestade em tempos de estiagem.

Já fui tranqüilidade em épocas de turbulência.

Já fui personagem principal de uma história perfeita.

Já fui vilã em filmes de horror.

Já tive sonhos de fortuna e recebi esmolas.

Já recebi esmolas e as transformei em tesouro.

Já provoquei com a intenção de seduzir.

Já seduzi sem a intenção de provocar.

Já sofri e fui humilhada, mas já bati com a intenção de me sentir vingada.

Já fui às nuvens e voltei, mas também conheci o inferno e senti medo.

Já fui um pouco de nada e um pouco de tudo.

E hoje?

Hoje sei que sou capaz de andar, e com esse meu “andar”, fazer longas caminhadas, e com esse meu “caminhar”, vou trilhando uma longa estrada, confiante.

Não sei nadar, não sei voar, mas consigo levitar e sentir...sentir minha alma leve.

Quando vejo pessoas, não menosprezo e nem dignifico, apenas penso....”elas precisam ‘ser’ e não ‘ter’”. O “ter” é vazio e o “ser” é, simplesmente, grandioso demais.Texto de Vanessa Pena