terça-feira, 29 de abril de 2008

VERDADEIRA MEDITAÇÃO.



Com o tempo,
você aprende que estar com alguém só porque esse alguém lhe oferece um bom futuro, significa que mais cedo ou mais tarde você irá querer voltar ao passado.

Com o tempo,
você se dará conta que casar só porque "está sozinho", é uma clara advertência de que o seu casamento será um fracasso.

Com o tempo,
você compreende que só quem é capaz de lhe amar com os seus defeitos, sem pretender mudar-lhe, é que pode lhe dar toda a felicidade que deseja.

Com o tempo,
você se dará conta de que se você está ao lado de uma pessoa só para não ficar sozinho, com certeza uma hora você vai desejar não voltar a vê-la.

Com o tempo,
você se dará conta de que os amigos verdadeiros valem mais do que qualquer montante de dinheiro.

Com o tempo,
você entende que os verdadeiros amigos se contam nos dedos, e que aquele que não luta para os ter, mais cedo ou mais tarde se verá rodeado unicamente de amizades falsas.

Com o tempo,
você aprende que as palavras ditas num momento de raiva, podem continuar a magoar a quem você disse, durante toda a vida.

Com o tempo,
você aprende que desculpar todos o fazem, mas perdoar, só as almas grandes o conseguem.

Com o tempo,
você compreende que se você feriu muito um amigo, provavelmente a amizade jamais será a mesma.

Com o tempo,
você se dá conta de que cada experiência vivida com cada pessoa nunca se repetirá.

Com o tempo,
você se dá conta de que aquele que humilha ou despreza um ser humano, mais cedo ou mais tarde sofrerá as mesmas humilhações e desprezos, só que multiplicados.

Com o tempo,
você aprende a construir todos os seus caminhos hoje, porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para fazer planos.

Com o tempo,
você compreende que apressar as coisas ou forçá-las para que aconteçam, fará com que no final não sejam como você esperava.

Com o tempo,
você se dará conta de que, na realidade, o melhor não era o futuro, mas sim o momento que estava vivendo naquele instante.

Com o tempo,
você aprende que tentar perdoar ou pedir perdão, dizer que ama, dizer que sente falta, dizer que precisa, dizer que quer ser amigo junto de um caixão deixa de fazer sentido.

Por isso, recorde sempre estas palavras:“O homem torna-se velho muito cedo e sábio demasiado tarde”.
Exatamente quando: “JÁ NÃO HÁ TEMPO!”

(AD)


quarta-feira, 23 de abril de 2008

DESEJO OU SAUDADE?

 Mais que desejo, tenho saudades.
Será? Ou será que tenho mais desejos do que saudades?
O que será que eu tenho afinal?
Será um misto dessas emoções de alma que me confunde?
Acho que os dois em proporção infinita: desejo E saudades.
Saudades E desejo.
Os dois juntos,
como mãos harmônicas ao piano da vida.
Você, pessoa tão pequenina, tão mirradinha,
tão enorme dentro de mim.
Maior do que meu coração.
Maior do que a minha existência.
O que menos queria é te magoar, ah, não, isso não.
Se fosse isso, era preferível nem existir.
Já que não posso nem sequer te beijar quando desejo,
Só me restam saudades de te querer em mim quando me imagino existindo.
Já nem e não sei o que digo.
Já nem e não sei o que sou.
Já nem e não sei quem sou ou a que é dado tudo isto-isso:
se a vida tem significado,
ou se este é o significado da vida.
Se eu soubesse que a vida seria este seu olhar repousando sobre o meu,
teria vindo aqui só para isso.
Mesmo que desaparecesse - logo depois - para o eterno sempre.
Eu teria vivido esse átimo infinito do teu olhar.
Eu teria bebido essa bebida infinita do teu sorrir.
E teria derretido todo nesse nosso prazer gostoso de existirmos.
Só sei que você me faz feliz.
Muito além de mim.

*autor desconhecido*

CASO ISABELA: A DOR DA FALTA DE SENTIDO


Por Arnaldo Jabor
"Amigos ouvintes, eu tentei não ler sobre a morte da menina Isabela. Também evitei na época os detalhes do assassinato daquele menino arrastado, João Hélio, porque na minha profissão, eu tenho que selecionar os horrores, senão eu fico maluco. Mas eu não consegui! Eu vi o desfecho do caso da menina morta.
Essa tragédia não é só das vítimas: nós também sofremos para entender esse mal incompreensível. Cresce em nós uma pele de rinoceronte na alma, com o coração mais duro ficamos mais cínicos, mais passivos diante da crueldade.
Um filósofo chamado Oswaldo Giacoia Junior escreveu, uma vez, o seguinte: 'O insuportável não é só a dor mas a falta de sentido da dor. Mais ainda, a dor da falta de sentido'.
Como entender que um pai e uma madrasta possam ter ferido, estrangulado e atirado uma menininha de cinco anos pela janela? Como entender a cara sólida e cínica que eles ostentam para fingir inocência? Como não demonstram sentimentos de culpa algum? Ninguém berra, ninguém chora! Como podem querer viver depois disso? Como essa família toda, pais, mães, irmãos se unem na ocultação de um crime? Como o avô pode dizer com cara de pau que 'se meu filho fosse culpado eu o denúnciaria'? Que quer essa gente? Preservar o bom nome da família? Mas são parentes ou são cumplices?
A polícia deu um show de bola pericial no caso Isabela. Mas dá para sentir que a nossa estrutura penal tá muito defasada com este espantoso crescimento da barbárie. Como se pode tolerar que um sujeito que foi condenado outro dia, na semana passada, somente à treze anos por ter esquartejado a namorada, alegando legítima defesa, possa ficar em liberdade até esgotar os recursos que a lei prevê como diz o Supremo Tribunal de Justiça? Como entender que aquele jornalista, o Pimenta das Neves, que premeditou o assassinato da namorada com dois tiros pelas costas e na cabeça, condenado já à seis anos esteja ainda em liberdade, na boa?
As leis de execução penal tem de ser aceleradas, as punições têm de ser mais terríveis, mais violentas, mais rápidas, mais temíveis. Há um crescimento da crueldade acima de qualquer codificação jurídica. Essa lentidão, esse arcaismo da justiça, é visível não só nos chamados crimes de classe média não, como também na barbárie que galopa nas periferias. O Elias Maluco, lembram, aquele que matou o Tim Lopes com golpes de espada, ele tava em liberdade condicional, sabiam? Não se trata mais de uma perversão do humano, mas de uma perversão do animal em nós. Os pensadores da justiça continuam a tratar os crimes como desvios da norma, praticados por cidadãos iguais. Tem de acabar o tempo dos casuismos, das leniências, das chicanas.
E esse casal de pedra, esses monstros? Será que vão se defender em liberdade esgotando os recursos da lei? Como o esquartejador com justa causa? Serão condenados a dez aninhos com atenuantes? Que acontecerá com eles?
A lei tem de ser mais temida mais rápida e mais cruel. Esses vacilos da justiça explicam sucessos em filmes como Tropa de Elite, e até explicam fantasias de linchamento em nossas cabeças, que Deus me perdoe."

QUEM NAMORA


Artur da Távola


Quem namora agrada a Deus.

Namorar é a forma bonita de viver um amor.

Namora, quem lê nos olhos e sente no coração as vontades saborosas do outro.

Namora, quem se embeleza em estado de amor A pele melhora, o olhar com brilho de manhã.Namora, quem suspira, quem não sabe esperar, mas espera, quem se sacode de taquicardia e timidez diante da paixão, quem ri por bobagem, quem entra em estado de música, quem sente frios e calores nas horas menos recomendáveis.

Namorados que se prezam têm a sua música.

E não temem se derreter quando ela toca. Ou, se o namoro acabou, nunca mais dela se esquecem.Namorados que se prezam gostam de beijo, suspiro, morderem o mesmo pastel, dividir a empada, beber no mesmo copo.

Apreciam ternurinhas que matam de vergonha fora do namoro ou lhes parecem ridículas nos outros.Por falar em beijo, só namora quem beija de mil maneiras e sabe cada pedaço e gostinho da boca amada.

Beijo de roçar, beijo fundo, inteirão, os molhados, os de língua, beijo na testa, beijo livre como o pensamento, beijo na hora certa e no lugar desejado.

Sem medo nem preconceito.

Beijo na face, na nuca e aquele especial atrás da orelha no lugar que só ele ou ela conhece.Namora, quem começa a ver muito mais no mesmo lugar que sempre viu e jamais reparou. Flores, árvores, a santidade, o perdão, Deus, tudo fica mais fácil para quem sabe de verdade o que é namorar.

Por isso só namora quem se descobre dono de um lindo amor, tecido do melhor de si mesmo e do outro.

Só namora quem não precisa explicar, quem já começa a falar pelo fim, quem consegue manifestar com clareza e facilidade tudo o que fora do namoro é complicado.

Namora, quem diz: "Precisamos muito conversar"; e quem é capaz de perder tempo, muito tempo, com a mais útil das inutilidades e pensar no ser amado, degustar cada momento vivido e recordar palavras, fotos e carícias com uma vontade doida de estourar o tempo e embebedar-se de flores astrais.

Namora, quem fala da infância e da fazenda das férias, quem aguarda com aflição, o telefone tocar e dá um salto para atendê-lo antes mesmo do primeiro trim.

Namora quem namora, quem à toa chora, quem rememora, quem comemora datas que o outro esqueceu.

Namora quem é bom, quem gosta da vida, de nuvem, de rio gelado e de parque de diversões.

Namora quem sonha, quem teima, quem vive morrendo de amor e quem morre vivendo de amar.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

QUANDO


"Quando você sentir vontade de chorar, não chore.
Pode me chamar que eu choro por você.
Quando você sentir vontade de sorrir, me avise
Que venho para nós dois sorrirmos juntos.
Quando você sentir vontade de amar, me chame,
Que eu venho amar você.
Quando você sentir que tudo está acabado, me chame,
Que eu venho lhe ajudar a reconstruir.
Quando você achar que o mundo é pequeno demais para suas tristezas,
Me chame, que eu faço ele pequeno para sua felicidade.
Quando você precisar de uma mão, me chame,
Que a minha é sempre sua.
Quando você precisar de companhia, naqueles dias nublados e tristes,
Ou nos dias ensolarados, eu venho, venho sim.
Quando você estiver precisando ouvir alguém
dizer: EU TE AMO!
Me CHAME que eu digo a você a todo hora.
Pois o meu amor é imenso.
E quando você não precisar mais de mim, me avise,
Que simplesmente irei embora, orando por você."
-- Autor Desconhecido

quinta-feira, 17 de abril de 2008

ESTAMOS COM FOME DE AMOR.


Estamos com Fome de Amor


Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar:
'Digam o que disserem, o mal do século é a solidão'.
Pretensiosamente, digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal dance', incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: 'Quero um amor pra vida toda!', 'Eu sou pra casar!' até a desesperançada 'Nasci pra ser sozinho!'

Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?
Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele.
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

© ARNALDO JABOUR

DE UM CORAÇÃO ..... SEM RAZÃO

Desculpe-me por te querer tanto assim...
sei que acabo por te sufocar...
sabia que não podias me amar...
mas meu coração, entregou-se à emoção...
e perdeu a razão!!!

Não!!! Por mais que possa doer...
eu não vou me arrepender...
pois foram únicos os momentos...
que me fizestes viver...
Pior seria o tormento de não te conhecer...
Como passar pela vida...sem viver!!!

Vou tomar a liberdade...
de te manter junto a mim...
por algum tempo ainda.
Vou sonhar e matar a saudade,
e hei de encontrar-te num jardim...
de imaginação que não se finda...
Perdoe-me por te amar assim...
não foi por minha vontade!!!

Quantas vezes, lutei contra esse sentimento...
mas ele teimoso, insistia em ficar...
Me avisei que era um jogo e ia findar.
mas suas palavras no meu pensamento,
me diziam.; só termina depois que jogar...
joguei; perdi; me entreguei....
Amei; ganhei; vou guardar!!!

Sua imagem, pra sempre no meu pensamento...
nas minhas lembranças... no meu coração...
e se um dia com emoção...
lembrar-se de algum momento...
e sentir saudade...
Volte!!! Fique à vontade...
Você já mora em meu coração!!!!
Denise Vieira

EU TINHA MEDO DE MORRER

© J.G.de Araújo Jorge

Eu tinha medo de morrer...
Agora compreendo:
— era a sensação antecipada
de que ainda faltava te conhecer,
a ti, que já me foras destinada...
E eu tinha medo de morrer...
..................................
Agora, depois que nos encontramos
que, com tão funda ternura nos amamos,
meu coração está em paz...
... e até a idéia de morrer
não me amedronta mais...
É como se afinal já tivesse cumprido meu destino
e justificado meu viver...
agora
... eu já posso até morrer...

A Tua Resposta

E por que eu fui te dizer
que depois de te encontrar
já podia até morrer...
— tu me envolveste em teus braços
e me fizeste viver.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

SAWABONA


© Flávio Gikovate

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.

A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.

Cada cérebro é único.
Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.

P.S - Caso tenha ficado curioso(a) em saber o significado de SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África quer dizer "EU TE RESPEITO, EU TE VALORIZO, VOCÊ É IMPORTANTE PRA MIM".
Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA que é "ENTÃO EU EXISTO PRA VOCÊ".

**Flávio Gikovate é médico psicoterapeuta,

(Presente de Eiko Clarice Kondo)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

Em algum lugar do passado
Tivemos tantas outras vidas,
vivemos outras histórias,
conhecemos muitas pessoas,
formamaos laços afetivos,
vivemos amores, sonhos,
aprendemos varias lições.
Fomos reis, rainhas,
Serviçais e aprendizes.
Trilhamos muitos caminhos.


Hoje, sem saber,
encontramos velhos amigos,
amores do passado,
resgatamos vivências,
mas também formamos novos laços,
novos amigos, novos amores.......
Almas gêmeas que se encontram,
eternamente unidas pelo amor.


Assim é a roda da vida.
Nada se perde, estamos sempre
construindo nossa história eterna.
Continuamos aprendendo e caminhando.
Alguns se desencontram momentaneamente;
É quando a alma gêmea
caminha por outra dimensão,
quando resta a certeza
de que um dia voltarão a se encontrar
E ficarão unidas para sempre.

UM DIA NOS ENCONTRAREMOS......

Autora- Tahyane.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

BICHO DE ESTIMAÇÃO


BICHO DE ESTIMAÇÃO
Sylvia Cohin & Fernando Peixoto
(Dueto)

a saudade é um bichinho
parecido com cupim
que faz no peito o seu ninho
e um estrago sem fim...
espécie de parafuso
sempre enroscando-se em mim.

em silêncio, noite e dia,
vai roendo ferozmente...
como quem acaricia,
tudo traça com seu dente...
corta, trinca, morde, estria,
moe o corpo, lentamente.

de saudade morre gente
que também por ela vive
um bichinho diferente:
só morre se sobrevive!
escorrega, na ladeira
da tristeza, em declive.

coitado do arquiteto
que desenhar a saudade
seja em madeira ou concreto,
dela não mostra a metade...
mostra apenas um deserto
com miragens de verdade.

não há nada que a defina
com exata precisão:
saudade é dor que amofina,
é voluntária prisão.
uma espécie de morfina
para a dor da solidão.

não se tente amordaçá-la
resulta devastação...
saudade quando se cala,
rasga o peito e o coração!
é grito que nos abala,
tempestade, furacão!

é por isso que o poeta
que faz rima, escreve canto,
se da palavra é esteta,
...da saudade veste o manto!
aedo, bardo ou profeta,
enche de versos seu pranto.

SYLVIA COHIN & FERNANDO PEIXOTO
Porto, 14.06.2006

quarta-feira, 2 de abril de 2008

SOMENTE COM VOCÊ

© Silvia Schmidt

Quando eu chegar sem nada dizer
e permanecer em silêncio, por favor,
entenda que só quero estar perto de você.

Se notar que estou a ponto de chorar,
não me diga " não chore ".
Deixe que as lágrimas venham e perceba
que eu só não escondo meu pranto de você.

Se eu lhe disser que estou muito triste,
por favor, não diga " não fique assim ".
Deixe que a tristeza se esgote em mim
e entenda que para você não preciso fingir.

Se eu começar a relatar as minhas mágoas,
por favor, ouça-me,
e entenda que eu não as revelo para ninguém,
a não ser para você.

Quando eu lhe exponho minhas decepções,
frustrações, fracassos e tantos sentimentos dolorosos,
em outras palavras estou lhe dizendo
que preciso do seu colo,
apenas do seu colo.
Por favor, recolha-me e silencie,
com seu coração unido ao meu.

Quando eu baixar os olhos para o chão,
não diga " olhe para cima ".
Eu posso estar procurando dentro de mim
as respostas de que necessito e,
nesse momento, sua presença
- tão somente a sua presença -
poderá estar ajudando-me a encontrá-las.

Quando eu aparecer com medos, inseguranças,
preocupações, ansiedades e tantas outras
emoções desequilibrantes, por favor,
não me fale de terapias, métodos, remédios,
fórmulas prontas nem receitas de vida.

Entenda que quando eu me abro para você
- e tão somente para você -
tudo me parece mais simples, mais fácil de lidar,
as nuvens se clareiam e eu consigo retornar à paz.

O que nos une é forte o suficiente
para desafiar todos os limites de tolerância.
Seja tolerante comigo, pois sempre o serei com você.

Quando, finalmente,
eu abrir um amoroso e fortalecido sorriso,
abrace-me carinhosamente,
diga " estamos juntos "
e preencha-se de renovada certeza
de que quando os papéis se inverterem,
eu serei para você o que agora peço que seja para mim.

Meu coração lhe agradece e...
ama você.

***
(Presente da Áurea Manchini)