segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HOJE - Mellis - Fátima Guerra


HOJE - Mellis - Fátima Guerra -

Hoje eu me dei o direito
de passear de mãos dadas
com as lembranças.
Fui ao encontro das antigas esperanças,
reencontrei os sonhos que deixei para trás...
Vi o futuro,
rolando dados no tabuleiro do destino,
vi o passado, pálido e franzino,
a folhear os dias que não voltam mais...
Achei largos sorrisos, lágrimas sentidas,
momentos que emprestaram vida à minha vida
sementes de ilusão e de felicidade...
Hoje eu me permiti
voltar a tudo que passou,
e quando retornei, o tempo me entregou
um calendário feito de saudade.
Postado por Encontro de Sonhos às 18:48 2 comentários

- UMA PRECE ÁRABE -


Deus, não consintas que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas, nem uma ovelha nas mãos dos algozes.

Ajuda-me a dizer sempre a verdade na presença dos fortes, e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus, se me deres a fortuna, não me tires a felicidade; se me deres a força, não me tires a sensatez; se me for dado prosperar, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade.

Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não acusar meus adversários com mais severidade do que a mim mesmo.

Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória, quando bem sucedido, e nem pelo desespero, quando derrotado. Lembra-me que a experiência de uma queda poderá proporcionar uma visão diferente do mundo.

Ó Deus!

Faze-me sentir que o perdão demonstra força, e que a vingança é prova de fraqueza.

Se me tirares a fortuna, deixe-me a esperança.

Se me faltar à saúde, conforta-me com a graça da fé.

E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

Finalmente Senhor, se eu Te esquecer, Te rogo que nunca Te esqueças de mim.

* traduzida por Seme Draibe

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A DESPEDIDA DO AMOR - Martha Medeiros-


Existem duas dores de amor: a primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.


A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...


Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender.


Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida...


Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.


Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.


É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo' propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".


Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.


É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...


E só então, a gente poderá amar, de novo.

A NECESSIDADE DE DESEJAR - Martha Medeiros



Todos sentem necessidade de amar, e esta necessidade geralmente é satisfeita quando encontramos o objeto de nosso amor e com ele mantemos uma relação freqüente e feliz.

Pois bem. Enquanto vamos juntinhos à feira escolher frutas e verduras, enquanto mandamos consertar a infiltração do banheiro e enquanto vemos televisão sentados lado a lado no sofá, o que fazemos com nossa necessidade de desejar?

Lendo Alain de Botton, um escritor inglês que já foi mencionado nesta coluna, deparei-me com essa questão: amor e desejo podem ser conciliáveis no início de uma relação, mas despedem-se ao longo do convívio. Só por um milagre você vai ouvir seu coração batendo acelerado ao ver seu marido chegando do trabalho, depois de vê-lo fazendo a mesma coisa há cinco, dez, quinze anos.

Ao ouvir a voz dela no telefone, você também não sentirá nenhum friozinho na barriga, ainda mais se o que ela tem para dizer é "não chegue tarde hoje que vamos jantar na mamãe". Você ama o seu namorado, você ama a sua mulher. Mais que isso: você os tem. Mas a gente só deseja aquilo que não tem. O problema da infidelidade passa por aqui. Muitos acreditam que a pessoa que foi infiel não ama mais seu parceiro: não é verdade. Ama e tem atração física, inclusive, mas não consegue mais desejá-lo, porque já o tem. Fica então aquele vácuo, aquela lacuna, aquela maldita vontade de novamente desejar alguém e ser desejado, o que só é possível entre pessoas que ainda não se conquistaram.

Não é preciso arranjar um amante para resolver o problema. Há recursos outros: flertes virtuais, fantasias eróticas, paqueras inconseqüentes. Tem muita gente aí fora a fim de entrar nesse jogo sem se envolver, sem colocar em risco o amor conquistado, porque sabe que a troca não compensa. Amor é jóia rara, o resto é diversão. Mas uma diversão que precisa ter seu espaço, até para salvar o amor do cansaço.

Necessidade de amar x necessidade de desejar. Os conservadores temem reconhecer as diferenças entre uma e outra. Os galinhas agarram-se a essa justificativa. E os moderados tratam de administrar essa arapuca.

sábado, 6 de novembro de 2010

CONFISSÃO - Eduardo Lages

CONFISSÃO - Eduardo Lages e Paulo S Vale

Eu só queria saber de você
E se você vive mesmo sem mim
Pois eu ainda não te esqueci
Em cada amor eu procuro você
Só sei que isso é mais forte que eu
Vem pelo corpo, na pele e na voz
E cada vez que eu tentei te esquecer
Só consegui ainda mais te querer

Mas essas coisas de amor são assim
Eu nem sei se você pensa em mim
Mas eu queria saber de você

Eu só queria dizer pra você
Que ninguém mais vai te amar como eu
Sei que seu corpo ainda é só meu
Pois tem segredos que somente eu sei

Mas eu não vim te pedir pra voltar
Eu não quero sofrer outra vez
Só queria saber de você

Mas eu não vim te pedir pra voltar
Eu não quero sofrer outra vez
Só queria saber de você

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O CORAÇÃO DELA - Silvana Duboc - a fantástica


**Silvana Duboc**

Ela tem tudo que eu gosto numa mulher,
está pronta a todo momento pra ser o que eu quiser.
A amiga de fé, a companheira inseparável.
Seu tempo pra mim é inesgotável.
Ela sabe ser dura comigo quando se faz necessário
e sabe, também, ser o contrário.
Sabe ser a mais meiga das mulheres,
a mais carinhosa e afetuosa.
Sabe dar um jeitinho especial pra resolver
problemas que eu costumo ter.
Ela é calma e agitada,
centrada e avoada,
uma criança levada.
Ela é minha irmã, mãe e secretária,
uma mulher/menina extraordinária.
Diverte e preenche a minha vida,
é forte e decidida,
frágil como uma flor,
sensual em se tratando de amor,
insinuante e excitante.
Nela mora um perfume constante
com fragrância de chegada e de partida,
de vida que ainda precisa ser vivida.
Ela é como um espelho que faz refletir
o lado bom que em mim deve existir.
Jamais alguém poderá modificá-la,
as pessoas só conseguirão amá-la.
Eu só posso dizer que sou um felizardo
porque o coração dela, por mim, é apaixonado
de um jeito tão delicado,
tão sincero e reservado
que sinto um medo danado
de um dia, de mim, ele ser roubado.

DE VOLTA PRO MEU ACONCHEGO Elba Ramalho

DE VOLTA PRO MEU ACONCHEGO

De Volta Pro Aconchego
Elba Ramalho
Composição: Dominguinhos - Nando Cordel


Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom,
Poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
Prá mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter.
É duro, ficar sem você
Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim

ESTRADA DO SERTÃO - Elba Ramalho -

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ESTRADA DO SERTÃO - Linda como ela -

Estrada do sertão
Hermínio Bello de Carvalho
Composição: João Pernambuco e Hermínio Bello de Carvalho

Coisa que não arrenego
nem tão pouco desapega
ter gostado de você
foi gostar desenchavido
encruado e recolhido
de ninguém se aperceber

Matutando vou na estrada
nos meus óios a passarada
faz um ninho pra você
juriti espreita triste
a jandaia não resiste
chora junto por você

Nos teus óios faz clarão
é um verde, um azulão
tiê sangue furta cor
que me dá desassossego
que me suga que nem morcego,
mangando que é beija-flor

Não me encrespe a vida assim
já me basta o que de mim essa vida caçoou
não me faz essa graçola
de me abrir essa gaiola
pra depois não me prender.

Canta firme juriti
vê se entoa uma canção
sabiá me roça aqui
bem junto do meu coração
pousa aqui meu colibri
vê se tu tem pena d´eu
quero ser teu bacuri
quero ser de vóis meçê

Quanto mais me desfeiteia,
me despreza, mais me arrasto pra você

A PALAVRA ADEUS - Roberto Carlos -

A PALAVRA ADEUS - Roberto Carlos

Eu não posso compreender
Porque tudo mudou pra mim
Foi uma palavra só
Que tudo destruiu em mim
Porque o mar tão calmo
Não se transformou em fúria
E não calou a voz que sem tremer
Me disse aquele adeus

Vi a luz do entardecer
Aos poucos se apagar pra mim
Não, não sabia se você
Ainda estava junto a mim

Chorei e o pranto a deslizar
Nem mesmo me deixava ver
O rosto que disse sem tremer
Aquele triste adeus

Porque o mar tão calmo
Não se transformou em fúria
E não calou a voz que sem tremer
Me disse aquele adeus

Vi a luz do entardecer
Aos poucos se apagar pra mim
Não, não sabia se você
Ainda estava junto a mim

Chorei e o pranto a deslizar
Nem mesmo me deixava ver
O rosto que disse sem tremer
Aquele triste adeus

Aquele triste adeus

Aquele triste adeus

AND I LOVE YOU SO - ELVIS PRESLEY

E EU TE AMO TANTO - Elvis Presley- O maior

E Eu Te Amo Tanto...
E eu te amo tanto,
as pessoas me perguntam como?
Como eu tenho vivido até agora,
eu digo a eles que eu não sei


Eu acredito que eles entendam,
como a vida tem sido solitária
Mas a vida recomeçou,
no dia em que você tomou minhas mãos


É claro que eu sei, o quão solitária pode ser a vida
As sombras me perseguem
e a noite não me libertará
Mas eu não deixo o anoitecer me entristecer
Agora que você está ao meu lado!


E você me ama tanto,
seus pensamentos são apenas em mim
Você libertou o meu espírito
e eu sou feliz pelo que você faz


Olhar sobre a vida é breve,
uma vez que a página está lida
Tudo se vai nesta vida, exceto o amor
... nisto é que eu acredito


e sim, eu sei como sem amor a vida pode ser
As sombras me perseguem
e a noite não me libertará
Mas eu não deixo o anoitecer me entristecer
Agora que você está ao meu lado!


E eu te amo tanto,
as pessoas me perguntam como?
Como eu tenho vivido até agora,
eu digo a eles que eu não sei

terça-feira, 2 de novembro de 2010

EXTRAÑOS EN LA NOCHE

EXTRAÑOS EN LA NOCHE

Extraños En La Noche Sandro
Dos extraños son... los que se miran,
dos extraños son... los que suspiran,
somos tú y yo, en esta noche azul...

Y hay algo en tu mirar, que me domina
y tu sonreír, que me fascina...
Es como sentir, que siempre yo te amé!

Y dos extraños son...
que se unen para compartir su soledad,
sin darse cuenta que la dicha cerca está,
y se cumplirá pronto su ilusión mayor....
con un inesperado amor.

Y no se dejarán... desde esta noche
juntos vivirán, sin reproches...
No se sentirán, extraños nunca más...
(Instrumental)

Dos extraños son... los que se miran,
dos extraños son... los que suspiran,
somos tú y yo, en esta noche azul...

Y hay algo en tu mirar, que me domina
y tu sonreír, que me fascina...
Es como sentir, que siempre yo te amé!
(Instrumental)

Sin darse cuenta que la dicha cerca está...
y se cumplirá pronto su ilusión mayor....
Y no se dejarán, desde esta noche...
Juntos vivirán! sin reproches, y no se sentirán
extraños nunca

PAULA FERNANDES - a fabulosa

CAMINHONEIRO - Erasmo e Roberto Carlos

Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada
E o meu amor aumenta mais

Porque eu penso nela no caminho
Imagino seu carinho
E todo o bem que ela me faz

A saudade então aperta o peito
Ligo o rádio e dou um jeito
De espantar a solidão

Se é de dia eu ando mais veloz
E à noite todos os faróis
Iluminando a escuridão

Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela

Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

Já rodei o meu país inteiro
E como bom caminhoneiro
Peguei chuva e cerração

Quando chove o limpador desliza
Vai e vem o pára-brisa
Bate igual meu coração

Doido pelo doce do seu beijo
Olho cheio de desejo
Seu retrato no painel

É no acostamento dos seus braços
Que eu desligo meu cansaço
E me abasteço desse mel

Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela

Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada
E o meu amor aumenta mais

Olho o horizonte e vou em frente
Tô com Deus e tô contente
O meu caminho eu sigo em paz

Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela

Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela

O nome dela (repete...)

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO


® Silvana Duboc

Um dia vais lembrar de mim, com toda certeza vai ser assim. Vais estar cansada da vida já pensando em partir daqui e aí... vais lembrar de mim.

Mas vai ser horrível pra ti essa lembrança, ela virá cheia de remorsos. E sem nenhuma esperança. Mais ainda assim irás lembrar de mim

Só que eu terei ficado lá atrás, em algum lugar do teu passado. Tu perceberás então como poderia ter sido bom. Quanta coisa que tu desperdiçaste, por falta de coragem de querer ser feliz.

Tu hás de perceber como me fizeste sofrer, como foram tantas as nossas alegrias, e mesmo assim tu não as vias.

Há de existir um momento, em que, no fundo do teu pensamento, tu chamarás por mim.

Tu gritarás meu nome e terás fome de me ver. Tu vais chorar, vais lamentar, mas não terei mais como voltar.

Estarei trancado no teu passado... tu não terás a chave pra me soltar. Eu não terei como fugir e voltar pra ti.

Estaremos definitivamente separados. Tristes, magoados, sofridos e cansados... mas vais lembrar de mim. Tarde, infelizmente.