Encostado no cantinho,
Jaz sozinho e empoeirado
O meu violão de pinho,
Grande amigo do passado.
Desafinado e esquecido,
Já não é mais meu parceiro.
Foi outrora tão querido,
Entre tantos seresteiros.
Hoje é tudo diferente.
Fui na onda do momento,
Optei pelo teclado.
Para ouvir um som plangente,
Programo o falso instrumento,
Deixando o pinho de lado.
E pra matar a poesia,
Mais duas quadras componho,
É que bateu nostalgia,
Do meu Del Vecchio tristonho.
Já não há voz quando canto,
Já não há vez pra seresta.
E talvez seja por isso.
Que eu me tornei poeta
Um comentário:
Estava procurando por um violão e vim parar aqui e gostei muito desse seu poema.
Abraço,
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